A creatina é classificada como um suplemento alimentar, de uso regulamentado e está entre as substâncias ergogênicas mais vendidas no mundo.
Seu papel fundamental é fornecer energia para atividades de curta duração, como em levantamento de peso e corridas de sprint. Através de seu metabólito fosfocreatina, ele fornece fósforo para transformar a molécula de ADP em ATP. Esse, por sua vez, libera energia para contração rápida e de alta intensidade para os músculos.
Simplificando, é como se a creatina “recarregasse as nossas baterias”, o ADP seria a bateria descarregada e o ATP carregada. Com mais energia à disposição, conseguimos fazer treinos mais longos e intensos e o músculo demora mais tempo para entrar em fadiga. Como resultado, há um maior ganho de massa muscular associado ao treino e melhora do desempenho físico, mais notado em provas de curta duração que exigem explosão.
Mas a creatina não serve somente para os praticantes de atividades físicas, ela pode ser muito útil no contexto clínico de diversas doenças que levam a perda de massa muscular, como em idosos, pacientes acamados por sequelas de doenças neurológicas ou que estão em recuperação de estados de internação prolongada, como após COVID-19, por exemplo.
Importante ressaltar que estudos de longo prazo não demostraram que a creatina seja prejudicial ao funcionamento dos rins, mas seu uso deve ser feito em intervalos de no máximo 3 meses consecutivos, pois seu uso prolongado pode inibir a formação de ATP pelo próprio organismo.
Antes de iniciar seu uso, consulte seu médico e nutricionista. São necessários exames laboratoriais, principalmente de função renal e fígado, para se certificar de que o paciente está apto a utilizar creatina, bem como é necessário um acompanhamento profissional ao longo do tratamento.