Antes de iniciarmos, aqui vão algumas definições: a menopausa é a última menstruação fisiológica da mulher e o climatério é o período que tem início a partir da queda dos níveis de hormônios femininos que levam a menopausa e segue até o fim da vida.
Portanto, a menopausa faz parte do climatério.
Esse é um assunto polêmico, principalmente com relação aos riscos dessa reposição. Porém, grande parte das mulheres poderão se beneficiar de seu uso.
A principal indicação de reposição hormonal com a combinação de estrógenos e progesterona (esse último é dispensado naquelas que não tem mais o útero e ovários) ou medicações com ação similar, como a tibolona, é para o controle das ondas de calor no climatério.
Muitas mulheres sofrem demais com esse sintoma, mesmo com tratamentos alternativos, como fitoterápicos e antidepressivos. Nessa situação, a reposição hormonal deve ser considerada.
Além disso, existem outros benefícios: prevenção de osteoporose, melhora da incontinência urinária, libido e lubrificação vaginal, melhora de transtornos de humor e potencial prevenção de demência e doenças cardiovasculares.
Por outro lado, há riscos a serem cogitados. O principal é o de câncer de mama, que embora seja pequeno (cerca de 5 casos para cada 1000 mulheres, mais evidente na associação de estrógeno com progesterona sintética), não deve ser ignorado.
Isso deve ser informado a toda mulher, que deve ser submetida a mamografias e ultrassom de mamas antes de iniciar e ao longo de todo o tratamento. Nódulos e espessamentos mamários e antecedentes familiares importantes de câncer de mama devem ser pesados no momento da prescrição.
Outros riscos são: câncer de endométrio e ovário (nas mulheres com útero e ovários e que usam estrógeno sem progesterona), tromboembolismo (checar tabagismo e presença de varizes) e acidente vascular cerebral se o início for após 5 anos do início da menopausa.
Consulte seu endocrinologista e seu ginecologista antes de iniciar a terapia de reposição hormonal na menopausa!