Se você quer fazer algo que aumente suas chances de não contrair uma forma grave de COVID-19, então perca peso se estiver acima do recomendável.
Perder peso sempre foi um desafio, mas raramente encarado como urgente, pois as doenças causadas pelo excesso de peso não surgem de uma hora para outra. Leva um tempo para que um indivíduo obeso se torne diabético, desenvolva doença cardiovascular ou algum tipo de câncer.
Mas agora diante da pandemia por COVID-19, o cenário mudou radicalmente.
Quem tem sobrepeso ou obesidade deveria colocar isso como prioridade. Em outro artigo que publiquei no ano passado mencionei a associação entre estar acima do peso e o maior risco para agravamento por COVID-19, mas desta vez, diante de novos estudos e da explosão de casos que está levando o sistema de saúde ao colapso, serei mais enfático.
Dados americanos publicados na Morbidity and Mortality Weekly Report neste mês mostraram que 7% dos pacientes com obesidade grau I (índice de massa corpórea – ou IMC – entre 30 e 34,9 kg/m²) que contraíram COVID-19 necessitaram de internação hospitalar. Esse número subiu para 33% de internações entre os obesos mais severos (IMC maior que 45 kg/m²).
Dos que foram internados, a mortalidade naqueles com obesidade grau I foi de 8% e chegou a incríveis 61% no grupo de obesidade mais grave! E estamos falando dos EUA, país que não sofreu o colapso no sistema de saúde que vivemos hoje. É de se esperar que alguém acima do peso que necessite de atendimento hospitalar e demore para ser internado possa ter suas chances de sobreviver ainda mais reduzidas.
Para prevenção, tão importante quanto usar máscaras, higienizar as mãos e manter o distanciamento social e muito mais relevante do que medicamentos de eficácia duvidosa, eliminar o excesso de peso é fundamental.
Faço aqui um apelo a todos para que levem esse assunto muito a sério! Qualquer perda de peso, por menor que seja, deve ser valorizada e pode ser a diferença na hora de salvar uma vida. Procure um especialista.