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Perda de peso: melhor devagar ou depressa?

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Uma dúvida comum nos consultórios de endocrinologia diz respeito ao ritmo ideal de perda de peso. Esse é um assunto polêmico, pois tradicionalmente especialistas costumam sugerir uma perda de peso lenta e gradual. Entretanto, a perda rápida de peso parece ganhar cada vez mais adeptos, que defendem a tese de que seus benefícios superariam os riscos, ao contrário do que costumamos pensar. Desta forma, qual a conduta correta? Perder peso de forma lenta ou rápida?

Perda de peso de forma lenta

Perda de peso lenta, ou seja, abaixo de 0,5 kg por semana, tem a vantagem de ser um método mais fácil e realista de ser cumprido. A adaptação a esse método é mais simples, não há grandes restrições alimentares e preocupações com carências nutricionais em decorrência da redução do aporte calórico.

Entretanto, existe o fator motivacional, já que realmente é difícil manter a maioria dos pacientes satisfeitos com resultados tão modestos, principalmente naqueles que necessitam perder muito peso e, desta maneira, há uma grande chance de abandono do tratamento. Isso explica, em partes, o fracasso em médio e longo prazo da maioria dos métodos dietéticos, incluindo dietas hipocalóricas que buscam perdas discretas e constantes de peso.

Perda de peso de forma rápida

Por outro lado, perder peso depressa, em um ritmo superior a 1,5 kg por semana em média, do ponto de vista emocional, funcional ou mesmo estético é realmente motivador e parece ser determinante em manter o paciente focado em um programa de mudança de estilo de vida. Observamos esse comportamento, por exemplo, em pacientes submetidos a cirurgia bariátrica, que rapidamente perdem peso e melhoram na mesma proporção aspectos do humor, locomoção, quantidade de medicações utilizadas para doenças crônicas como diabetes, hipertensão, etc, ou seja, não dá para negar que há benefícios em perder peso de forma rápida.

Neste caso a questão é saber de que maneira o paciente emagreceu. Sabemos que hoje existem diversas estratégias para perda de peso rápida, algumas chamadas de “dietas da moda”, cientificamente não testadas e cujos riscos à saúde em médio e longo prazo relacionados às carências nutricionais são desconhecidos (ex: dieta Dukan, Whole 30, etc). Métodos dietéticos muito restritivos só deveriam ser indicados por médicos e nutricionistas, sob constante supervisão e por curto período de tempo e já tendo sempre em vista uma transição para uma dieta tradicional de baixa caloria para evitar o “efeito sanfona”.

Além disto, estudos mostraram que os resultados em médio e longo prazo comparando métodos mais restritivos com dietas tradicionais de baixa caloria não se mostraram superiores, exatamente pela dificuldade de aderência destes pacientes por um longo período. Perder peso depressa é realmente animador, mas cobra um preço mais alto.

Será o ritmo de perda de peso o principal fator determinante para reganho de peso ou há outros fatores envolvidos?

Parece que o maior risco de reganho de peso está mais relacionado ao total de peso perdido, ao histórico individual de obesidade e tentativas prévias de perder peso do que com a velocidade da perda de peso em si, ou seja, é mais difícil manter o peso controlado de indivíduos que emagreceram muito, por exemplo, 20 kg, 30 kg, e que já estiveram obesos por vários anos do que naqueles que precisaram perder menos peso e cujo histórico de obesidade ou sobrepeso não é tão antigo, independente da velocidade de perda de peso. Muitos, inclusive, serão obrigados a utilizar medicamentos para perda e manutenção do peso por vários anos. Por conta disso é que insistimos tanto na prevenção dos casos de obesidade na infância e adolescência. Quanto mais cedo engordamos, maior será a tendência de desenvolvermos uma espécie de “memória metabólica” que induzirá modificações hormonais com o objetivo de conservar energia e aumentar o apetite todas as vezes que tentamos emagrecer, seja de maneira lenta ou rápida.

Para finalizar, o ideal preconizado para a maioria dos pacientes é o caminho do meio, buscar metas de perda de peso iniciais de 0,5 kg a 1,5 kg por semana, procurando adequar os diferentes métodos de dieta à realidade de cada paciente, observar sempre o grau de motivação e procurar fazê-lo compreender que independente da perda de peso ser rápida ou devagar, a mudança de estilo de vida será definitiva e necessário o apoio de familiares e amigos próximos. Para aqueles que não conseguiram atingir esse ritmo de emagrecimento, devemos reforçar que qualquer perda de peso será benéfica à saúde, por menor que seja. O importante é não desistir.

Entretanto, há pacientes que não se importarão em perder peso mais lentamente (até irão pedir isso), enquanto outros estarão mais aptos e dispostos a seguir um plano dietético mais rigoroso. Se for esse o caso, é necessário informar que métodos mais restritivos, como dietas de muito baixa calorias ou com redução importante (mas não eliminação) de algum grupo alimentar como carboidrato e/ou gordura, poderão até ser indicadas, mas como dissemos antes, somente por um curto período e será necessário acompanhamento ainda mais frequente com endocrinologista, nutricionista e psicólogo, com o objetivo de monitorar e tratar possíveis distúrbios nutricionais, eletrolíticos, alterações de hábito intestinal, humor, entre outros, que porventura venham a surgir. Jamais um paciente deverá tentar seguir esses métodos por conta própria e sem saber antes como está sua saúde, tal conduta poderá ser muito perigosa.

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