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Obesidade

O excesso de peso ganhou proporções epidêmicas em todo o mundo nas últimas décadas. Calcula-se que no Brasil, 43% da população já esteja acima do peso e 13% são obesos. O excesso de peso é classificado, de forma simplificada, pelo índice de massa corpórea (IMC), que é calculado pela fórmula:peso/altura².

Sendo assim temos:

IMC < 18 kg/m²: Baixo peso

Entre 18 e 25 kg/m²: Peso normal

Entre 25 e 30 kg/m²: Sobrepeso

Entre 30 e 35 kg/m²: Obesidade grau I

Entre 35 e 40 kg/m²: Obesidade grau II

Acima de 40 kg/m²: Obesidade grau III (mórbida)

Causas

Existem diversas modificações hormonais e metabólicas presentes nos indivíduos com excesso de peso que levam a um menor gasto energético, aumento da sensação de fome e incapacidade de se saciar com menores refeições. Essas modificações, em sua maioria, surgem induzidas por uma combinação de fatores externos e internos ao organismo.

Os “vilões” desta história, são: Dieta inadequada, sedentarismo, fatores genéticos, psicológicos e ambientais. São raros os casos onde a obesidade tem como causa um único distúrbio hormonal.

Dieta inadequada: Principal responsável pelo aumento do número de obesos. Houve nas últimas décadas profundas mudanças nos hábitos alimentares. Se por um lado passamos a ter acesso a uma enorme variedade e quantidade de comida, por outro passamos a consumir cada vez mais alimentos prontos ou de rápido preparo, muitas vezes mais calóricos, ricos em açúcares e gorduras para realçar o sabor, como fastfoods, refrigerantes, comida congelada, refrigerantes, sucos industrializados, achocolatados, frituras, doces e guloseimas em geral, etc. Esse tipo de alimento, além de tudo, faz com que o nosso paladar, cada vez mais acostumado com alimentos de sabor intenso, deixe de preferir os mais saudáveis e de sabor mais suave, como as frutas, verduras e as carnes magras. Situação comparável a um vício em alimentos ricos em gordura e açúcar.

Sedentarismo:A falta de atividades físicas leva a uma queda de nosso gasto energético e a tendência em acumular calorias. O uso cada vez mais frequente de automóveis mesmo que para percorrer curtas distâncias; novas modalidades de trabalho em que se exige menos esforço físico, como trabalhar em escritório ou em casa em frente a um computador; a mudança dos hábitos recreativos das crianças que passam horas ao videogame, por exemplo, e abandonam atividades tradicionais como jogar bola e andar de bicicleta e até mesmo a ocupação desordenada dos espaços urbanos com a eliminação de parques e áreas de lazer contribuiu para adotarmos esse estilo de vida sedentário.

Genética: Nascer em uma família onde há várias pessoas acima de peso contribui, sem dúvida alguma, para termos uma maior predisposição em ganhar peso, não apenas por haver uma disseminação de maus hábitos no grupo. É como se esse organismo fosse programado para guardar calorias. O que era antigamente uma vantagem evolutiva hoje não é mais. Porém, isso não significa que esses indivíduos estarão fadados a serem obesos, mas sim que devem ter cuidado redobrado se comparado com aquele amigo que come de tudo e não engorda.

Psicológico: Vivemos em uma era em que estamos permanentemente ocupados, preocupados, desejando consumir cada vez mais e competindo uns com os outros em busca de um ideal de vida inatingível. Como consequência, há um sentimento de frustração por sermos incapazes de dar conta de tudo e aí é que surge o alimento. A comida é uma forma rápida, prática e que não depende da vontade dos outros para nos dar satisfação e aliviar a sensação de estresse.

Comer é relaxante. Desde bebês somos condicionados a colocar algo na boca, como o seio materno, chupetas, mamadeiras, etc, para nos acalmarmos. A satisfação em comer é uma extensão dessa forma de prazer e é considerado algo normal, porém em muitas pessoas acima do peso, o que ocorre é uma dependência psicológica em relação a comida. Qualquer que seja o motivo para uma mudança de humor, seja para comemorar algo, para compensar um momento ruim ou mesmo diante de um momento de tédio, a comida estará presente.

O obeso nem sempre come para matar a fome real, mas mastiga em busca de uma sensação de bem estar que, acabará sendo fugaz e trará após um sentimento de culpa pela incapacidade de controlar suas próprias emoções.

Ambiental: Além de todos os fatores acima citados, uma nova área de estudo sobre a obesidade surgiu nos últimos anos, que é a interferência do meio ambiente em que vivemos sobre nossos ritmos hormonais. O mesmo induz a elevação de hormônios ligados ao aumento do apetite e diminuição do gasto energético.

Vários são os estímulos ambientais que poderiam potencializar o risco de ganho de peso, como a desnutrição fetal, mudanças no ritmo de sono e vigília (dormir pouco e tarde da noite), longos períodos em ambiente com temperatura constante (regulada por ar condicionado, por exemplo), exposição a poluentes e substâncias tóxicas como o Bisfenol A (encontrados, por exemplo, em alguns utensílios domésticos feitos de plástico, como pratos e mamadeiras), entre outros ainda a terem sua suspeita confirmada.

Consequências:

O excesso de peso deve ser encarado como uma doença que leva ao aparecimento de outras doenças, algumas potencialmente fatais, como o diabetes, a hipertensão arterial, aumento nos níveis de colesterol, excesso de gordura no fígado (esteatose hepática), roncos noturnos e síndrome da apnéia obstrutiva do sono, demência, osteoartrose, gota, síndrome dos ovários policísticos e infertilidade e aumento no risco de alguns tipos de câncer como os de mama, intestino grosso e endométrio.

Além disto, a pessoa que está acima do peso pode desenvolver transtornos de autoimagem e sofrer discriminação em seus relacionamentos pessoais, pois ainda vive em uma sociedade que insiste em determinar como devem ser os padrões de beleza, muitas vezes irreais para aquela pessoa. Surge daí distúrbios psiquiátricos associados como a depressão, os transtornos de ansiedade, o alcoolismo, uso de drogas ilícitas, etc.

Em resumo, a obesidade é muito mais do que um simples problema estético. É um importante problema de saúde que deve ser tratado e levado a sério.

Tratamento:

O tratamento envolve uma profunda modificação do estilo de vida, que deve valer por toda a vida da pessoa. Em alguns casos, é necessário o uso de medicações que auxiliem na perda de peso e, em outros mais graves, as cirurgias bariátricas. É dividido em período de indução de perda de peso e de manutenção, ou seja, não adianta apenas perder peso, durante um certo período deve-se manter o acompanhamento para estabilização do peso para, desta maneira, minimizar o risco do “efeito sanfona”.

Dieta: Nas fases de indução de perda de peso, adotamos dieta de baixa caloria, mas sempre buscando ser nutricionalmente saudável e balanceada. Em casos selecionados utilizamos dietas de muito baixa caloria ou com limitação importante de algum grupo alimentar (ex: carboidrato e gorduras) e uso de substitutos alimentares (ex: shakes, dietas em pó a base de proteínas, etc). Nunca fazer estes tipos de dieta sem acompanhamento médico e nutricional pelos riscos de desnutrição que estas podem acarretar! Na medida em que o paciente atinge sua meta de peso, há uma progressiva readequação na quantidade de calorias.

Ao mesmo tempo incentivamos uma melhora na qualidade alimentar, incentivando o aumento no consumo de verduras, legumes, carnes magras, água e, em quantidades moderadas, carboidratos integrais e frutas, ensinamos a importância do fracionamento alimentar e a reduzir os hábitos alimentares ruins.

Atividades físicas e qualidade do sono: Inicialmente incentivamos medidas simples para abandonar o sedentarismo, como movimentar-se mais no trabalho, ir a pé aos compromissos ou pelo menos descer um ponto de ônibus antes ou estacionar o carro em local mais distante, realizar atividades de lazer ao ar livre etc. Gradualmente aumentamos o tempo e a intensidade dos exercícios e procuramos ser o mais variado possível nas atividades físicas, dividindo o tempo entre atividades aeróbicas como caminhadas, trote, bicicleta, etc, com a musculação, que também favorece o emagrecimento. É importante o repouso muscular associado a uma boa noite de sono, dormir cedo e acordar cedo, ideal de 7 a 8 horas de sono.

Psicoterapia: Para aqueles que criaram um vínculo negativo com o alimento, a abordagem psicológica é fundamental para que o paciente passe a identificar quais os estímulos externos que o levam a buscar o alimento, se a comida promove sensação de gratificação e como substituir essa fonte de prazer por outra mais saudável. Aprender a lidar com conflitos familiares, profissionais, de autoimagem, etc, sem envolver a comida.

Medicamentos: Em casos onde existe dificuldade em perder peso apesar das tentativas de se adotar um estilo de vida mais saudável, associamos medicações para auxiliar na perda de peso. Diversas medicações são utilizadas hoje, tanto isoladamente quanto em associações de fármacos. A prescrição deve ser individualizada e levar em consideração padrões alimentares como comer poucas refeições em grandes quantidades, “beliscar” alimentos ricos em carboidratos a todo o momento, ter episódios de grande compulsividade alimentar com sensação de perda de controle, etc.

Cirurgia: Nos casos mais graves de obesidade, como no grau III ou no grau II acompanhado por alguma complicação (ex: diabetes, hipertensão, síndrome da apnéia do sono, osteoartrite grave, etc.) e, em que apesar do adequado acompanhamento médico, nutricional e psicológico, durante certo período, as metas de perda de peso não foram atingidas, é proposta alguma modalidade de cirurgia bariátrica como forma de tratamento.

Deve-se ter em mente que a cirurgia não é um atalho, que a forma de comer mudará radicalmente e isto poderá levar a impactos nutricionais graves (deficiências de ferro, vitaminas do complexo B, cálcio, vitamina D, zinco, etc, que podem provocar anemias, neuropatias, queda de cabelo, diarreias, cálculos renais, osteoporose, etc.), além de sintomas relacionados à modificação na secreção de hormônios como hipoglicemias pós-alimentares e dumping. Portanto, não é apenas operar e tudo resolvido, o acompanhamento médico e nutricional será permanente e há risco, inclusive, de reganho de peso.

Em resumo, não existe fórmula mágica para emagrecimento. O que deve haver é uma abordagem multidisciplinar individualizada para cada paciente e que o mesmo é parte ativa no tratamento.

E nunca desistir. O tratamento pode ser longo, mas ao final será gratificante!

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